tenho dificuldade com o conjutivo.
podes-me dar um exemplo por favor ?
Como você já deve saber, em português temos o imperativo afirmativo e o imperativo negativo. As conjugações derivam do presente do indicativo e do presente do subjuntivo (ou conjuntivo).
Formação do imperativo afirmativo: a segunda pessoa (singular e plural) deriva do presente do indicativo sem o -s, enquanto as demais derivam do presente do subjuntivo sem sofrer variação.
Exemplo:
OLHAR
1ª pessoa do singular: Ø (não existe imperativo para a primeira pessoa do singular)
2ª pessoa do singular: Olha o avião! (presente do indicativo sem o -s, tu OLHAS)
3ª pessoa do singular: Olhe o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que você OLHE)
1ª pessoa do plural: Olhemos o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que vocês OLHEM)
2ª pessoa do plural: Olhai o avião! (presente do indicativo sem o -s, vós OLHAIS)
3ª pessoa do plural: Olhem o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que vocês OLHEM)
Formação do imperativo negativo: todas as pessoas derivam do presente do subjuntivo.
Exemplo:
OLHAR
1ª pessoa do singular: Ø (não existe imperativo para a primeira pessoa do singular)
2ª pessoa do singular: Não olhes o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que tu OLHES)
3ª pessoa do singular: Não olhe o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que você OLHE)
1ª pessoa do plural: Não olhemos o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que vocês OLHEM)
2ª pessoa do plural: Não olheis o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que vós OLHEIS)
3ª pessoa do plural: Não olhem o avião! (presente do subjuntivo sem alteração, que vocês OLHEM)
Ressalto que no português coloquial brasileiro utilizamos o imperativo afirmativo e o imperativo negativo da mesma forma. Assim, dizemos:
=> Faz isso!
=> Não faz isso! (em vez de "faças")
=> Abre a porta!
=> Não abre a porta! (em vez de "abras")
=> Corre mais depressa.
=> Não corre aqui dentro. (em vez de "corras")
Ainda no imperativo, você perceberá uma diferença significativa entre o português falado no Brasil e o português ibérico. É o caso da próclise:
Em Portugual, diriam:
=> Diz-me onde estás.
No Brasil, por sua vez, diríamos:
=> Me diz onde você está.
Ressalto também que na maior parte do Brasil utilizamos o pronome "tu" apenas nos casos imperativo e dativo, além de seus pronomes possessivos. Isso dá origem a mesclas não gramaticais, como é o caso das seguintes frases:
=> Você sabe que eu te amo.
Em vez de:
=> Você sabe que eu a amo.
=> Tu sabes que eu te amo.
=> Você disse que o teu pai estava aqui.
Em vez de:
=> Você disse que o seu pai estava aqui.
=> Tu disseste que o teu pai estava aqui.
=> Onde você pôs o livro que eu te dei?
Em vez de:
=> Onde você pôs o livro que eu lhe dei?
=> Onde puseste o livro que eu te dei?
O pronome "vós" restringe-se a poucos falantes brasileiros. Ainda se faz presente, no entanto, em textos consagrados, como é o caso do Pai Nosso.
Espero ter respondido a sua pergunta.
>Espero ter respondido a sua pergunta.
e mais do que isso!
Obrigado.
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